sábado, 6 de junho de 2009

Aquelas meninas

E lá vai de novo a menina entre as estrelas, a menina do amor platônico, a insegurança em pessoa, a menina que não tem medo de amar e a menina que é sempre amada e se confunde de não saber se ama também ou se só retribui o amor, e elas vão seguindo por onde acham que devem, e a insegurança puxando o pé da borboleta, que chora e nem sabe mais por que, nem por quem, mas chora, talvez por ela mesma, que a borboleta é linda, a amada as vezes parece que age sem pensar, se deixa levar, mas é mulher forte, só vai porque sabe que aguenta, só vai porque sabe que vale a pena, linda, deslumbrante, fascinante, complicadas, são princesas enfeitiçadas, condenadas a aprender sempre as mesmas lições de formas diferentes, arrastando pra sempre suas correntes por aí, dessas dores que elas guardam no peito, de tantas lágrimas reprimidas, de tanta gente, tanta coisa, que acaba, que começa, aquelas pessoas todas que elas gostavam e que mudam, e que se mudam, que se calam diante de situações onde não deviam, que fecharam os olhos, que escolheram tudo pelo que passaram, muitas escolhas duvidosas talvez, não arrependimentos, mas podia ter sido diferente, que nenhuma delas aprendeu ainda, elas sabem que sabem de tudo, mas não tem a menor noção do que é tudo e elas são sinceras umas com as outras, mas não com elas mesmas, carregando pra sempre o peso do mundo, de todo o amor do mundo, de tantas possibilidades que não se pode nem imaginar, que elas sonham, pra sempre, mas acordam sem ter certeza, que elas gostam e não sabem, que elas gostam, mas não gostam delas, gostam talvez porque não gostam delas, aquilo que parece impossível é sempre mais seguro de ser desejado, porque se acontecer é porque ia acontecer mesmo, porque elas desejam com medo que seus desejos se realizem, já se realizaram outras vezes e tudo o que sobrou foi o pé atrás, a insegurança, que é lindo quando seu sonho se realiza, mas ninguém merece saber que aquilo que se sonhou por anos, não era nada daquilo, ou pior ainda, era exatamente aquilo, aquilo que depois de um tempo se apaga, desaparece, nem se lembra mais qual era o por que de querer tanto aquilo, e aí elas se confundem, acham que a culpa é delas, acham que erraram, acham tanta coisa que se perdem, e lá vão elas se reconstruir tudo de novo, passatempo estranho esse delas, se desmanchar, se anular só pra depois de refazer, verdade que se refazem com algumas melhoras, mas as cicatrizes ficam, e elas não se importam, elas seguem em frente, elas sabem que dá tudo certo no final, que há de dar!
elas são felicidades, distribuem sorrisos, abraços, amores, nos olhos das meninas dá pra ver o mundo, dá pra entender tudo, dá pra encontrar mais de mil motivos pra se levantar da cama e querer mudar o que parece errado, dá pra se perder dentre elas, dentro delas, é incrível que sejam tão lindas, são maravilhosas suas histórias, são loucas, verdade, mas todo mundo é um pouco louco, mais louco é aquele que acha que não, que uma delas tá acostumada, caiu na rotina, inventa problemas pra não se ocupar com os de verdade, que isso pode ser um segredo valioso, seus príncipes encantados viram sapos, seus vestidos viram trapos, seus castelos, barracos, em barrancos, elas aguentam, esses trancos, sopros de vida, surpeendentes, que as levam por caminhos nunca antes imaginados, que elas adoram, e se divertem com o imprevisível, e sabem como agir, elas pensam rápido e mesmo assim continuam com suas inseguranças, seus amores, platônicos ou não, talvez isso que faça delas criaturas tão fascinantes assim!!!

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