domingo, 11 de dezembro de 2011

Ainda

Aqui ainda, naquele mesmo lugar em que você me deixou, esperando que a esperança continue a esperar, acho dificil, pois já o cansaço vem e leva tudo. Tudo tão importante, há tanto tempo, há quanto tempo, perdido, aquele menino com o brilho no olhar, hoje tem vazio, aquele que ia construir meu mundo, simplesmente desistiu, esqueceu o que realmente importa, ou talvez nunca tenha importado pra ele, talvez as pessoas não mudem enquanto não quiserem, quem sabe o que se é perfeito, quando o perfeito pra você é tão simples, quando o amor se confunde, e se perde, em meio a tantas decepções, em meio a tantos sonhos, meu amor quer ser uma árvore, há de se ter alguém com muito esmero e dedicação, alguém que saiba o que uma árvore precisa para crescer, alguém que se importe, que se preocupe. Não se pode deixar a vida de lado, virar espectador, sentado, deitado, cansado, não há paixão que resista a tanta falta de amor próprio. Toda essa insegurança que você tem, desaparece quanto te interessa, e isso mata lentamente a tal da esperança, dói no peito uma dor que começa tão singela, tão pequena, chega a ser admirada no começo, ahhh que lindo, ele precisa de mim, passam tantos dias, tantas horas, tantas coisas passam, não a dor, essa se esconde se você souber fazer, mas não passa, e de repente, um gesto passa a ser um desacato, um olhar, o indicador do saco cheio, esse jeito dele, não gosto mais, não gosta mais de mim, não gostamos mais da gente, cresce, aparece, venha me salvar, peço tanto, há tanto tempo, porém tenho pouco, ha muito tempo, quase nada pra mim, e aquela idéia do desenho começa a recorrer, de arrancar a página e começar de novo, com outro pincel, outras tintas, todas as cores, qua saudade de todas as cores, que falta me faz viver assim, feliz.